Há uma vasta literatura sobre liberdade econômica e crescimento econômico*. Mas uma literatura mais interessante ainda é como a liberdade econômica afeta a renda dos mais pobres, isto é, como a liberdade econômica reduz a pobreza no geral — e que chamarei ao longo do artigo de crescimento pró-pobre.
É um caminho indireto — a liberdade econômica proporciona maior crescimento, que por sua vez reduz a pobreza — mas eficaz.
Mas, para que a redução da pobreza seja maximizada, é preciso que esse crescimento seja intencionalmente pró-pobre? Ou seja, o crescimento tem de ser direcionado para os mais pobres de modo que eles aproveitem mais os frutos do crescimento que os ricos? E quanto do crescimento “pró-pobre” brasileiro pode ser explicado pelos índices de liberdade econômica?